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Tendências dos Recursos Humanos para 2022

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A relevância do papel dos Recursos Humanos (RH) para as organizações nunca foi tão proeminente como nos últimos anos. Em 2022, vários são os desafios para os quais estas equipas terão de estar preparadas para enfrentar. Apesar do mundo estar a recuperar da pandemia provocada pela COVID-19, existem consequências que irão permanecer, como a tendência para a digitalização do local de trabalho ou a preocupação com a saúde física e mental das equipas. Espera-se um aumento generalizado da inflação, quebras nas cadeias de abastecimento e graves défices de talento já sentidos por alguns setores da economia no final de 2021.

É neste panorama que os RH irão reforçar o seu papel central em apoiar o C-level na resolução dos desafios organizacionais mais complexos que afetam a visão estratégica da empresa. Num ambiente em profunda transformação, aumentará a pressão para as equipas de RH entregarem mais valor às áreas de negócio, tornando-se as responsáveis por conduzir e liderar todas as transformações culturais e organizacionais.

Ter visibilidade sobre as principais tendências na gestão de recursos humanos irá permitir aos líderes de RH e às suas equipas desenharem um plano estratégico robusto para enfrentar os desafios do futuro.

Obsessão pelo cliente interno

Tradicionalmente, as equipas de RH têm um mindset de trabalho em formato de projeto, ou seja, o foco das atividades é seguir um planeamento temporal para alcançar determinada solução ou resultado que é o objetivo do projeto. A crescente obsessão dos RH pelo cliente interno irá fazer-se sentir na necessidade de transformar as operações de RH num “produto” cujo ciclo de vida é intemporal e cujo objetivo é o de maximizar o valor entregue ao cliente, quer seja através da qualidade do serviço prestado, como pelo nível de serviço. Para adotar este mindset, é necessário mapear a experiência do cliente interno, identificando os principais pain points na sua jornada e, em consequência, mudar os processos para que se tornem mais memoráveis e personalizados. Para além disso, é fundamental desenvolver processos de melhoria contínua e inovação das soluções existentes com base no feedback dos utilizadores.

Potenciar a era do trabalho Híbrido

77% das pessoas em trabalho remoto afirmam ser 30% mais produtivas neste modelo de trabalho, quando comparado com o modelo presencial. Sendo assim, é expectável que se confirme a previsão de que, em 2026, cerca de 28% dos profissionais irão trabalhar 100% remotamente.

Neste cenário, é urgente rever a forma como as equipas operam e cooperam. Sem esta revisão, será inevitável que a rede de contactos de cada colaborador reduza e aumentem os silos na organização. Ao reduzir as conversas informais, o trabalho à distância terá um impacto negativo na colaboração e inovação. Desta forma, os RH terão um papel fulcral na definição do Modelo de Colaboração Híbrido, através do desenho de layouts de trabalho que facilitem a comunicação entre colaboradores no escritório e colaboradores à distância, utilizando plataformas digitais que facilitem o trabalho assíncrono. Os métodos de utilização do talento irão continuar a diversificar-se e, por isso, as equipas de RH devem prever no desenho organizacional variáveis como a cooperação entre equipas tradicionais, gig-workers e subcontratados.

Recursos Humanos na liderança das transformações do negócio

Para dar resposta a estes desafios, as equipas de Recursos Humanos têm ferramentas e expertise valiosas no desenvolvimento de uma cultura de melhoria contínua, através de programas de desenvolvimento de equipas que contemplam a criação de rotinas de gestão com base em indicadores e a definição de métodos de formação eficazes.

Desenvolver as equipas para tirar o máximo partido dos dados e analytics

Em média, apenas 41% dos profissionais de RH desenvolveram a capacidade de criar e comunicar de forma clara dados que influenciam a tomada de decisão. É indubitável o poder do people analytics como fator diferenciador na qualidade das decisões de RH e na forma como se gerem pessoas. Por esse motivo, é fundamental apostar no desenvolvimento das competências digitais e de analytics destas equipas, com o objetivo de entregar mais valor à organização, através da tradução dos resultados analíticos em insights valiosos para a tomada de decisão.

A framework de apoio a este desenvolvimento deve começar por identificar quais os dados mais relevantes a recolher de cada sistema informático. Depois, devem ser criadas formas de visualização intuitivas desses dados sobre a forma de dashboards. Para além disso, a equipa deve analisar de forma crítica e frequente estes dados, desenvolvendo assim a competência de criação de conhecimento a partir de dados e informação estatística.

Para ter um impacto positivo no negócio, é essencial que os líderes e equipas de Recursos Humanos tomem consciência destas quatro tendências que irão ditar a forma como se gerem pessoas, processos e informação.

Com um ambiente empresarial cada vez menos previsível e mercados de talento cada vez mais escassos, os desafios que as empresas enfrentam são cada vez complexos. Neste cenário, é essencial que os RH reforcem o seu papel na gestão da mudança e na promoção dos valores e princípios culturais da organização.

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